sexta-feira, 7 de outubro de 2011

SANTA IGNORÂNCIA - Teoria da Felicidade

Quem foi que disse que conhecimento e arguição são sinônimos de felicidade?

Por Janaina Ferreira - ver Teoria das Imagens

 
Quem vocês acreditam estar mais triste: um morador de rua que foca no pão de cada dia e, algumas vezes, não tem ideia do que seria pensar em ter algo além da condição de vida diária, ou nós que temos um certo poder de compra, ao lermos diariamente os críticos econômicos e sociais a gritar a injusta distribuição de meios de sobrevivência; e, que mesmo assim, vamos em busca de especialização, mestrado e doutorado para entender ainda mais a nossa pontualidade diante do mundo?
               Quem vocês acreditam estar a ponto de um ataque de nervos: um grande cientista capaz de detectar um tsunami iminente, sem tempo para saída de emergência, ou quem simplesmente está relaxando na praia, pois jamais galgou ter conhecimento pra isso?
            Avaliem: feliz aquele que frustradamente anula seu voto por saber o significado de uma politicagem corrupta e oportunista, ou aquele que nem entende por que votar a cada 4 anos, mas sabe que deve ser naquele que lhe oferece uma imediata "proposta de felicidade"?
Quem parece mais sóbrio, tranquilo e feliz: aquele que sabe diagnosticar aquela incomoda e insistente dor no peito, ou aquele que simplesmente dormiu e não acordou mais?
           Talvez estejam se perguntando: o que se quer dizer com tantas indagações? Mas acredito que possam admitir que, em alguma delas, até parece ser Santa a Ignorância. Não acham?
           O mundo, principalmente hoje, vive a correr numa busca incessante por conhecimento, mas, até que ponto não se trata apenas do acúmulo de informações? Será que realmente encontramos felicidade nisso?
           Já avaliou o quão "parecem" felizes os nossos avós, que muitas vezes sequer sentaram nos bancos de uma universidade, mas, são nossos consultores quando a questão requer SABEDORIA.
           E como chegaram a esse patamar? VIVENDO. Trazendo pra si todo um aprendizado que obtiveram na vida, na experiência cotidiana do e com o outro.
          Não quero trazer à discussão uma bandeira de abaixo livros, teses e teorias, em absoluto, pois estaria contradizendo minha própria trajetória de vida. Porém, trago a reflexão sobre até que ponto estamos construindo um saber transformador, agregando valor às nossas vidas e com isso abstraindo ao ponto de alcançar algum nível de felicidade.
           Um ótimo final de semana!

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