"A liberdade de eleição permite que você escolha o molho com o qual será devorado." Eduardo Galeno. |
Eis o inicio do tão esperado novo
ano, com uma primeira semana movimentada e marcada por posses. São 5.568 municípios mais uma vez
entregues à representantes (pseudo)democraticamente eleitos, prefeitos e
vices.
De fato, uns bem principiantes
como o Pacheco, a Valéria, o Pinheirinho, o Divaldo. Outros nem tanto, aliás
bem experientes, como os eleitos no Vale do Paraíba.
Os vereadores?
Há cidade com apenas 9 eleitos
(Borá-SP) e no mesmo estado desta cidade também foram empossados 55 voluntários
no legislar em favor do próximo.
Com dúvidas, ou sem dúvida?
Deixa pra lá, melhor não entrar no mérito dessa questão. Aliás, falei
em mérito?
Pois bem, seriam merecedores
de mais um mandato os distintos legisladores de uma grande cidade do nosso país,
que reelegeu mais da metade da bancada (24), sendo 16 destes autores da
relevante lei que aumentava o exímio e simbólico salário dos mesmos?
O povo disse: SIM! E a esses nobres
brasileiros eleitos mais uma vez está sendo legado o poder.
Para trazer paz aos becos e
esquinas. Saúde aos enfermos ainda enfileirados, mas, tão bem cuidados por um
rol tão pouco valorizado. Educação de base, bem estruturada e de qualidade às
crianças, jovens e, ainda adultos iletrados. E por que não tetos, chãos,
paredes e jardins a um povo tão esperançoso que acredita no porvir.
Esperança? Como é o ato de
esperar. Não poderia deixar de satirizar, então parafraseando Irmã Zuleide:
#OREMOS.
Sim. Ó como tão fraca, repleta de
lacunas e pontos embaçados parece estar a memória brasileira. E, pasmem, em
pleno século XXI, não encontrei um artigo, periódico ou livro sequer que
explique biologicamente o que acontece com os cérebros desta nação.
Sociologicamente, só consigo
lembrar do grande Chico:
[…]
O que será, que será?
Que todos os avisos
não vão evitar
Por que todos os
risos vão desafiar
[...]
E mesmo o Padre
Eterno que nunca foi lá
Olhando aquele
inferno vai abençoar
O que não tem governo
nem nunca terá
O que não tem
vergonha nem nunca terá
O que não tem
juízo…
Assim, nem me atrevo a traçar
conclusões, ou pior desprender aqui palavras, citações ou versos para em lições
moralizar, pois, sábio é o dito, autenticamente, POPULAR que diz: o que não tem
remédio, remediado está.
Até a próxima.