segunda-feira, 9 de julho de 2012

A Inspiração – Teoria da Arte

Imagem: Janaina Ferreira


Hoje vou me inspirar nos verdadeiros artistas que não se preocupam com métrica ou textos redondos.

Não se limitam à estética, ou convenção social.

Não prostituem seus sonhos e ideais, ousando incansavelmente.

Que não se traduzem em formas preconcebidas de se fazer arte, ou meramente se resumem a um produto artístico.

Que não vivem uma alucinante busca material.

Que vão além do possível e se deleitam no inimaginável.

Que traduzem a vida como ela é, sem mágica, sem rodeios e ainda assim nos encantam.

Vou derramar em palavras a arte daqueles que expressam sentimentos, sensações, emoções.

Vou tentar ficar submersa ao inexplicável, assim como eles, estou neste instante pretensiosamente traduzindo minh'alma.

Há pouco, vivi um fio de inspiração.

Trouxe aos meus pulmões todo o ar necessário para encher meu corpo de energia.

E isso fez meus olhos avistarem o belo “desencanado”, meus ouvidos ouvirem o canto recitado e ao meu coração, um bem incomparável.

Nesse momento, estou envolta de uma ideia poética, estou a escutar o som da vida e, ao mesmo tempo, tento lembrar do aroma da fantasia. Para permitir aos meus instintos criar.

Sim, é com essa mistura desconexa, descrita nas embaraçosas frases acima, que me propus a resgatar o verdadeiro sintoma de felicidade que busco sentir.

Porém, já é tarde. Preciso ir, tão logo para sentir falta de outro instante como este, pois, como (en)canta Vanessa da Mata: “não se pode esgotar a saudade”.