quarta-feira, 11 de maio de 2011

A Passar Um Dia das Mães – Teoria da Maternidade


A harmonia, tens que buscá-la no fundo dos olhos,
 no encontro dos olhares, que institui o circuito inicial de vida. "
Rolando Toro.
Trata-se do meu primeiro segundo domingo de maio...

Trata-se, não só pra mim como para muitas companheiras, do nosso primeiro Dia das Mães com nossos filhos nos braços.

Trata-se de emoção sem tamanho, de sentimento que não é possível expressar em palavras.

Ao mesmo tempo é dia de saudade daquela que também já se emocionou como eu. Sim, é ocasião de sentir falta de quem por me ter em seus braços também já se alegrou de forma tal que não soube definir. Afinal, hoje estou a quase 300 quilômetros de distância da minha mãe.

Nos dias atuais ser mãe é solidificar vários papéis em um, pois é ser...

Educadora, já que ninguém nasce sabendo e nem sempre a vida ensina da melhor maneira.

Administradora, estabelecendo as rotinas de educação e lazer até que seu filho perceba como funciona e passe a fazer isso sozinho.

Psicóloga, para entender seus anseios e motivá-lo a buscar sempre mais pelo melhor caminho possível.

Terapeuta Ocupacional, para desde o nascimento lhe ofereça brinquedos de variadas formas, texturas, tamanhos e cores, assim como experiências que favoreçam a autonomia na execução das atividades de vida diária, lazer e trabalho.

Enfermeira, para as noites nas quais é necessário permanecer acordada cuidando e administrando medicação até que a febre resolva baixar.

Ambientalista, ao ensinar que podemos evitar o fim do mundo ao reciclar, reaproveitar, reutilizar, reduzir o consumo, plantar, enfim fazer tudo ao nosso alcance para preservar o meio ambiente e garantir a sobrevivência de todas as formas de vida desse planeta .

Até Vigia Noturno, quando ao deixarem de ser crianças, passam a frequentar festas e nos deixam noites inteiras a vigiar seu retorno.

Enfim, ainda podemos ser tantas quantas outras profissionais se tornem relevante ser e o que parece mais interessante é o fato de assumirmos tais papéis não porque cursamos anos e anos de infinitos cursos universitários, mas, porque somo dotadas de um poder intuitivo indescritível que nos permite ser aquilo que queremos, ou que nossos filhos precisem que sejamos.

De fato, num dia como foi este domingo passei a refletir as incríveis mudanças e restruturações de vida as quais passei e estou tendo de passar desde o nascimento do meu filho. Parece que de uma hora pra outra somos tomados por uma incessante vontade de cuidar, proteger e fazer crescer esse alguém que hoje enche nossas vidas de alegria.

Antes de me questionarem pelo mundo tão colorido que acabei de pintar, os digo: Claro! Sei que não estamos num mundo de flores, enquanto pude refletir as maravilhosas transformações que me ocorreram nos últimos 9 meses sei que tiveram mães a chorar pelos filhos doentes, presos e desaparecidos, ou simplesmente, de mães que não quiseram comemorar por não compartilharem mais da presença dos seus filhos tão amados.

Todavia, não podia deixar um sentimento como o que experimentei esse domingo passar, se perder, nem poderia permitir escapar a oportunidade de compartilhar com o público a emoção de ser mãe.

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